Por Abdon Barretto Filho*
Em referência a uma das mais importantes atividades econômicas do mundo contemporâneo, celebra-se, no dia 27 de setembro, o Dia Mundial do Turismo, data que foi estabelecida oficialmente em 1979, na 3ª.Conferência da Assembleia Geral da Organização Mundial do Turismo, em Torremolinos (Espanha). A comemoração visa mostrar a importância do turismo e do seu valor cultural, económico, político e social, através de iniciativas realizadas em vários países do mundo. O tema de 2020 – “Solidariedade hoje, para viajar amanhã” – vem como um apoio à Organização Mundial de Turismo em resposta à crise atual, destacando os valores duradouros da atividade turística.
A comemoração será no Mercosul, provavelmente em Foz
do Iguaçu. É a primeira vez que uma candidatura conjunta será a sede da
comemoração que existe há 40 anos. Convém salientar que, de acordo com a
própria OMT, o conceito de turismo pauta-se no processo de deslocamento de
pessoas entre diferentes lugares em um período definido, por convenção, de não
mais do que um ano.
Além disso, para que um deslocamento seja
considerado de caráter turístico, ele não pode estar vinculado a uma situação
de trabalho, embora uma das principais formas de turismo atual seja a de
negócios e eventos, porque sempre haverá a possibilidade do visitante conhecer
os aspectos geográficos, históricos, culturais, equipamentos e serviços do
núcleo receptor.
Além disso, antes e/ou depois de evento, o visitante
poderá consumir seu tempo livre conhecendo a cidade e a região através de passeios
locais, rotas e roteiros ofertados.
É óbvio que a Oferta Turística deve estar adequada
às necessidades dos visitantes, através da sua estruturação e qualificação. Em
continuação, é indispensável a promoção do destino turístico, destacando-se sua
singularidade, capaz de atrair visitantes. Além disso, análises dos resultados
e a retroalimentação do sistema, como toda atividade econômica.
Exige profissionalismo no setor.
O Turismo deve fugir da ilusão romântica, às vezes
da ignorância pluralista, confirmada pelas opiniões de alguns neófitos que ocupam cargos e funções,
principalmente no setor público. É lamentável porque não existe a continuidade
do planejamento, organização, direção e controle dos processos administrativos
implantados e quase sempre destruídos pelos governos seguintes. Os países, os
estados, as cidades que definem o Turismo como uma das estratégias de
desenvolvimento econômico e social, comprovam os bons resultados.
O Brasil perde tempo e dinheiro, apesar de ter
infinitas possibilidades do setor.
Mas, sejamos otimistas. Sempre.
Os Convention & Visitors Bureaux, escritórios de
captações de eventos e de promoção do destino turístico, mantidos pela
iniciativa privada, é uma grande alternativa.
Com as eleições municipais, espera-se que os novos
eleitos entendam e compartilhem decisões com as entidades e empresas do Turismo
Receptivo.
São reflexões. Podem ser úteis. Pensem nisso.
*Especializado em Economia e Marketing aplicado ao
Turismo e à Hospitalidade, professor, consultor, escritor, palestrante. Textos
e podcasts, aqui e aqui.